data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
O calendário de retorno gradual das aulas presenciais, proposto pelo governo do Estado, segue causando discussões nos municípios gaúchos. Na manhã desta terça-feira, prefeitos das cidades que compõem a Associação dos Municípios da Região Centro (AMCentro) tiveram uma reunião online para debater sobre a retomada. Segundo o presidente da associação e prefeito de Tupanciretã, Carlos Augusto Brum de Souza, os chefes do Executivo acataram a decisão da maioria, e o mês de setembro continuará apenas com atividades remotas. Cruz Alta e Tupanciretã, por estarem na bandeira vermelha, não podem liberar a volta às aulas.
Retomada das aulas presenciais em Santa Maria não ocorre antes de 15 de setembro
Em Júlio de Castilhos, há um comitê que avalia a situação de forma constante. Segundo o prefeito João Vestena, o momento atual não oferece condições para uma retomada. Já o chefe do Executivo de Agudo, Valério Vili Trebien, afirma que não há motivos para que as aulas retornem, primeiro, pela rede municipal e, depois, as estaduais.
- As aulas precisam ser validadas, pois o ano existiu. Mas, em algum momento, teremos que retornar - diz Trebien.
MAIS OPINIÕES
Algumas cidades da região de cobertura do Diário fazem parte de outras associações de municípios - Itacurubi, Rosário do Sul, São Gabriel, Lavras do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana da Boa Vista e Caçapava do Sul. A posição dos prefeitos segue a mesma tendência: pelo menos neste mês, não há previsão de retorno presencial. Em algumas cidades, a ideia é não retornar com atividades in loco neste ano. Esse é o caso de Caçapava do Sul:
- Definimos não voltar no momento. Retornar ainda neste ano seria difícil, só com vacina ou se tivéssemos segurança para isso - diz o prefeito Giovani Amestoy.
Maioria das entidades é contrária à retomada das aulas na próxima terça
Para o chefe do Executivo de Lavras do Sul, Sávio Prestes, é preciso garantir a segurança da comunidade escolar. Além disso, ele afirma que a cidade não tem a infraestrutura necessária para garantir, por exemplo, o transporte dos alunos de forma que atenda às exigências sanitárias. Em Itacurubi, a prefeitura só deve autorizar a retomada quando houver uma solução definitiva para a pandemia, conforme o prefeito José Rubem Loureiro.
Em São Gabriel, o prefeito Rossano Gonçalves destaca o risco à saúde, já que uma pesquisa municipal apontou que 32% dos professores e 37% dos servidores das escolas são de grupos de risco.
Em Rosário do Sul, a assessoria de imprensa informou que as aulas da rede municipal dificilmente retornarão neste ano.
- Em reunião na manhã de terça, prefeitos decidiram não retomar aulas de forma presencial em setembro
- Itacurubi - A retomada das atividades presenciais só ocorrerá quando houver uma solução definitiva para a pandemia
- Rosário do Sul - A expectativa é que as aulas não retornem neste ano
- São Gabriel - Defende que a retomada das atividades de Educação Infantil deve ocorrer por último, uma vez que as crianças são vetores de transmissão
- Lavras do Sul - A expectativa é de que aulas não voltem neste ano. A situação pode mudar em caso de vacina ou grande melhora no cenário da pandemia
- Santa Margarida do Sul - Não retorna com aulas presenciais em setembro. A princípio, prefeito não gostaria que aulas voltassem este ano. No entanto, aguarda pesquisa que está sendo feita com pais e professores
- Santana da Boa Vista - Não deve retornar com aulas presenciais em setembro
- Caçapava do Sul - A expectativa é que aulas não voltem neste ano. Situação muda em caso de vacina ou melhora no cenário da pandemia